domingo, 19 de junho de 2011

- voltei

Há tempos que o verbo “voltar” se tornou um mero sinônimo de ilusão. Seguimos em frente, ainda que aos trancos e barrancos, mas não voltamos. E mesmo que eu tivesse escolha, não voltaria.
Esses dias em que fiquei ausente duraram séculos, incoerentemente falando. Mas foi bem assim. Muitas coisas aconteceram e muitas coisas deixaram de acontecer, desde uma internação no hospital à realização de um sonho. Os dias têm sido turbulentos.
Não me lembro onde foi que parei por aqui, mas não tenho intenções de reatar. Meu intuito é começar do zero. Por incrível que pareça, me sinto uma nova pessoa. Acredito ter uma nova visão, uma nova perspectiva, apesar de os sonhos continuarem intactos. De repente me pego sendo muito mais forte do que um dia acreditei ser: não há mais retalhos, embora haja uma imensidão de cicatrizes. Não me lembro quando foi a última vez que falei de amor sem doer e, neste exato instante em que você me sorri, não lembro mais da dor. E esse era meu medo. Algumas lembranças são responsáveis pelas minhas escolhas, e o que exatamente devo fazer agora que não há mais lembranças? Em uma visão proporcional, sentir medo pareceria até incoerente. Na minha visão errante, há beleza na covardia. Eis que me declaro covarde, observando paisagens na janela, fazendo de escudo as minhas inseguranças. Nesse mundo contraditório, a covardia se torna minha coragem.
Quem dera eu ser destemida na mesma proporção em que sei ousar. Queria que não me faltassem palavras nesses momentos em que sinto grande necessidade de falar. Ou melhor, dizer.
É bom voltar a escrever aqui. Sem ilusões desta vez. Sem grandes dores (físicas ou emocionais: já atingi minha cota). Mesmo que o sentido me abandone, sempre haverá algo a ser sentido, a ser escrito. Qualquer coisa é melhor do que o silêncio de uma folha em branco.







Would you say you need me? -♫

sábado, 21 de maio de 2011

- airplanes

Talvez essa seja uma boa forma de ter uma visão mais distante e mais ampla sobre tudo: voar. Eu sempre gostei muito de observar aviões, e de ouvi-los. Até mesmo aqueles de brinquedo, que não conseguem subir mais do que um metro. Gosto das luzinhas, do fato de cortar o vento, do ato de tentar imitar uma estrela cadente motorizada, que não apaga.
Quantos estão voando nesse momento? Quem está tomando uísque na primeira classe? Aeromoça, por favor, ajude aquela senhorinha que está com medo de voar. Tudo vai ficar bem. Diga para ela olhar pela janela, quem sabe ela não consegue captar esses pensamentos que ultimamente estão tão altos que até os pássaros têm escutado? Eu imagino que nessa viagem ela tenha deixado alguém pra trás, como eu mesma já fiz algumas vezes. E radical que sou, incapaz de uma viagem insegura, pulei de pára-quedas sem olhar pra trás. Aeromoça, diga que sei o que ela está sentindo. Ou simplesmente consigo imaginar. Diga que o chão me parece muito mais seguro agora...
Durante a caminhada pisei em um prego e furei o pé. Tudo bem, feridas externas cicatrizam num piscar de olhos. Aeromoça, caso o avião caia, há chances de sobrevivência? Se eu estiver no chão e ele cair na minha cabeça, vai fazer alguma diferença o lugar que estou? Foi observando aviões que percebi o perigo.
Foi observando aviões que descobri minha sede por perigo, que minha coragem ficou lá em cima durante a última viagem e eu caí de cara no chão. Foi observando aviões que a pergunta me atingiu em cheio enquanto segurávamos as mãos e sem pensar, respondi toda a verdade.
- Você gostaria de estar voando nesse momento?
- Já estou, meu amor. Eu já estou.




E foi aí que fiz a coisa mais clichê do mundo: voei sem tirar os pés do chão.






-Can we pretend that airplanes in the night sky are like shooting stars? I could really use a wish right now...

terça-feira, 10 de maio de 2011

- QUE DÓ!



O título fala pelo post todo.

Minha bebêzinha de quase 15 anos tomando vitamina :)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

- Breakeven: sword and shield

Players only love you when they're playing...



Escrevo como quem responde a algo não dito e entendido. Escrevo com mãos frias e coração quente, ou será ao contrário? Como se me importasse saber... O fato é que escrevo.
A semana custou a passar, parece que levou um mês. Há quanto tempo estamos parados aqui, aliás? Tudo em câmera lenta, em preto e branco. Que filme é esse? Perguntas não me faltam.
Queria que você me dissesse tudo o que tem a dizer, sem medo. Já provei do seu veneno, nada mais pode me matar. Sou invencível, lembra? De ferro. E queria conseguir dizer o que sinto, queria saber o que sinto. Meu veneno é doce, disfarçado de sorriso: Eu firo nas entrelinhas. Você... ah, você me fere sem saber. Na falta de importância, quando diz que algo meu não lhe diz respeito. Achei que eu fosse sua, mas isso não me diz respeito.
Você tem uma espada em mãos e do lado de cá já não há escudo, estou nua e o frio me corta,justamente quando você deveria ser escudo e eu espada. Você me protege e eu corto quem tentar chegar perto de você.
Mas a espada é sua, me cortou o dedo. E é com sangue que eu escrevo. Sangue? Não, escrevo com mãos frias, mil palavras sem sentido. Mil palavras? Não, escrevo com um coração quente, mil pedaços.






'cause I'm falling to pieces...

sábado, 30 de abril de 2011

- estranho pra mim...


'Um quase nunca ainda é te encontrar...'


(Espelho, espelho meu...)
Há no mundo alguém mais estranho do que eu? Segredos não mais me cabem, eis a minha nudez. Cartas na mesa e dados rolando, de quem é a vez? E assim a noite correu cheia de jogos intermináveis e inomináveis. Jogávamos até com o que não se podia jogar, sem medo de errar. E encarávamos nossos inimigos com insolência, e estes retribuíam o olhar com uma pontada de cruel inconseqüência.

(Meu inimigo é apenas o teu nome. Continuarias sendo o que és, se acaso Montecchio tu não fosses. Que é Montecchio? Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que pertença ao corpo. Sê outro nome. Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título. Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira).

Quero o que há de interminável em ti, mesmo que não seja teu amor nem tua sinceridade. Quero o que há, não o que inventas. Eu não me invento pra te agradar. Saiba retribuir.

(Mas que olhos grandes você tem...)
Vejo até o que não se pode ver. Eis a minha fraqueza disfarçada de sutileza. Quem foi que me trouxe neste lugar? Eu vejo flores, eu escuto um coração gritar. Quem é? Quem é você?

(Espelho, espelho meu...)
Há no mundo alguém mais belo do que eu?
Espelho nenhum no mundo reflete beleza. Ora, mas que mentira tamanha! Nesse mundo, devo ser mesmo uma estranha...





Quem foi que disse que era pra ser assim? -♫

segunda-feira, 18 de abril de 2011

- transbordando 1

"- Segredo nosso, então
- Segredo não..."


Eu invento, reinvento e desinvento. Tudo.
E tudo quebra, tudo volta, tudo crê
Perco o sentido quando não falo tanto
No fim das contas, tanto faz se falo ou se me calo:
O que eu realmente digo, ninguém vê.



- I shall reveal you all my secrets once I'm gone so that I don't need to run any risk.






(Once and for all, no secret at all)

terça-feira, 12 de abril de 2011

- separado de tudo

Será que alguém pode, por favor, me dizer o que é que há de errado com o mundo? As pessoas se tornaram indubitavelmente leigas no que, supostamente, deveriam saber fazer de melhor, considerando a falta de caráter da humanidade ultimamente: mentir. Ele some apenas nos finais de semana, cada um com uma desculpa diferente. Ela diz que ele é o único que despertou aquele sentimento maravilhoso e quase inacreditável, mas o que fica implícito é que ele é apenas o único que acredita nela.
Mentir é fácil, gente. Manter a mentira é que é difícil. Ela cansou de passar os finais de semana sozinha e decidiu sair pra dançar. Quando o fez, no meio da pista de dança, lá estava ele, com outra. Ele, por acreditar-se único, descobriu-se só. Ele era o único que ficava acordado até tarde esperando ela chegar e, quando ela chegava, tudo o que conseguia sentir era sono.
Todo mundo sabe que a verdade dói e que a mentira é anestésica. O que ninguém pensa, é que o efeito de uma anestesia é temporário. Pra quem você mentiu hoje? Eu tentei mentir pra minha melhor amiga dizendo que está tudo bem, quando na verdade não está. No começo da frase, ela já sabia tudo. É inútil mentir para aqueles que nos conhecem e é justamente por isso que, quando alguém próximo a mim mente olhando nos meus olhos, a primeira pergunta que vem à cabeça é: ‘Quem é você?’. De repente, o mundo está cheio de desconhecidos. Os que mais causaram essa estranheza foram os que eu mais confiava. E confiança não é algo pra brincar, não.
Confiança não é algo que se adquira de imediato. Você vai ganhar a confiança dele se souber guardar segredo, se não olhar pra ninguém enquanto estiverem juntos, no mesmo local. E a confiança dela estará ganha se, ao invés de dizer que a ama, você a fizer sentir-se amada. Não é tão simples assim, mas também não é impossível.
Eu não sei viver em um mundo em que confiança e mentira andam de mãos dadas. Isso não passa de um conto de fadas (eu disse ‘FADAS’?) ridículo. Toda – repito, TODA – mentira vem à tona e desacredito que isso aconteça por algum motivo clichê qualquer: acontece pela ignorância de quem a cria e pela indecência de quem a mantém. Ela disse que ele era a pessoa mais linda do mundo, de dentro pra fora, mas disse a mesma coisa para o melhor amigo dele. Ele disse que a queria para sempre, mesmo querendo estar solteiro naquele momento. Um dia, o melhor amigo dele deixou escapar tudo o que ela disse e ele sentiu vontade de não ter ninguém. Ela o encarou e foi encarada de volta: estavam nus. Uma verdade, até que enfim! Uma verdade, até que, fim.








' O que está acontecendo? O mundo está ao contrário e ninguém reparou... '

segunda-feira, 4 de abril de 2011

- desafinado

Esse mar me seduz mas é só pra me afogar... -♫


Naufragam agora algumas esperanças. O não dito é apenas o que permanece, dando vida à solidão. E diante deste público, eu canto para acalmar a alma de quem se desespera. Quem é que ainda tem um coração? Daqui deste palco, nada vejo. As luzes estão me cegando, mas ainda assim eu canto, não posso parar.
Há um mar de gente bem aqui na frente. Vocês estão cantando a mesma música que eu? E, que tom desafinado é esse? Acho que a errada sou eu. Ando tão fora de tom...


domingo, 27 de março de 2011

- um presente

Do fundo do baú, há um ano.



Vamos comer um pedaço de chocolate? Não, acho melhor não. Uma salada seria melhor, afinal we have got to THINK THIN, lembra? Pessoas que buscam o sucesso precisam cuidar da beleza pois nos dias de hoje esta é fundamental. E nossa dupla sertaneja, Alú e Mínio ou Tutu e Defeijão (nome a definir), jamais decolaria. Mas isso não vem ao caso agora.
Hoje, eu gostaria de falar de outro tipo de beleza que não a física: a que quase ninguém vê. A beleza da inteligência, da simpatia e do carisma e esta, minha amiga, você tem de sobra. Que bom seria se fosse esta a beleza vencedora de concursos. Eu votaria em você.
Que sua beleza permaneça, que tudo o que você merece venha com o tempo. Como sua amiga, desejo que seja feliz, que seus dias sejam lindos e repletos de piadinhas idiotas que eu sei que você acha graça. Lembra do terceiro colegial? A prova de Geografia, o nosso 10 repentino. Os sustos, a mulher do banheiro, os simulados, as recuperações, as aulas de matemática, os gritos da professora, os poemas recitados e os bilhetinhos em inglês só para que, caso os professores pegassem, ninguém entendesse. Iú shud nôu dét ái reit iú verrrry mãtch.
Não mandei depoimento, recado e muito menos mensagem no celular. Eu sequer fiz algo antes da meia noite, e nem presente eu te entreguei. Não me importo com isso, foi proposital. Eis o meu presente, só pra deixar você saber que essa amiga aqui não te esquece nunca e que não precisa ser o seu aniversário para que ela deseje todas as coisas boas que a maioria das pessoas desejam quando a gente completa mais um ano de vida. Mas de qualquer forma, Feliz Aniversário. Outra vez. E só porque você acabou de entrar na casa dos 20, I love you to the moon and back. And always will.

sábado, 26 de março de 2011

- I (L)ike you

' O amor verdadeiro tem dessas coisas: não se explica, não se controla, não se racionaliza, simplesmente toma conta. É uma droga, um vício,uma viagem entre o céu e o inferno, ida e volta, sem parar. ' (Martha Medeiros)





Sabe, EU GOSTO DE VOCÊ. Em letra e sentimento maiúsculos. Gosto dos momentos que vivemos, de todas as vezes que você me deu um abraço de despedida e enquanto ia embora sem olhar pra trás, eu fazia exatamente o contrário e também gosto, inclusive, dos momentos que não vivemos, esses que sonhei enquanto acordada, que você passava todas as noites aqui, do meu lado. Bem que essa parte também poderia ser verdade, né? Venha, a janela está aberta, eu te espero. Por favor, não demore. Quero terminar meu dia da mesma forma que comecei, com você. A diferença é que no fim da noite, você não mais estará em meus pensamentos e sim, ao meu lado. Segurando minha mão, talvez.
Queria falar sobre coisas bobas, sobre o quanto é bom estar aqui agora. Tá vendo aquela estrelinha azul colada aqui no teto do meu quarto? Isso mesmo, a menor de todas. É a minha preferida. Que tal se ela fosse a nossa estrela? Só pra que quando as coisas estiverem ruins e as noites nubladas tenhamos algo para olhar e fazer um pedido. Uma coisinha pequena e brilhante pra gente acreditar, mesmo que nada aconteça afinal. Eu não queria contar, mas antes de dividí-la com você eu havia feito um pedido. E eu pedi para que aparecesse alguém com quem eu pudesse dividir, não só a estrela, mas todas as coisas que aconteceram no dia. E aqui está você. A única reclamação que tenho a fazer é que você é muito cabeça dura, mais que eu.
Gostaria que entendesse que meu maior desejo é poder ficar para sempre, poder perder a cabeça por você. Com você. Sair pra dançar no meio da rua, debaixo de chuva e cuidar de você quando estiver com a garganta inflamada no dia seguinte, sentir seu cheiro e o gosto dos seus beijos o tempo todo, rir desses seus ciúmes bobos e ouvir as palavras não ditas vindo de você pra mim. Eu só queria que você soubesse que o meu 'gostar de você' é diferente, que é infinito, inconsequente e um milhão de outros 'ins'. E é por isso que ando longe, com uma rosa nas mãos e os olhos grudados em você. Se eu ficar, quero que seja pra sempre. Sem distâncias, sem medos e sem limites.


Agora sente-se e escute: EU GOSTO DE VOCÊ.

domingo, 13 de março de 2011

- (in)certezas

Um beijo por seus pensamentos. Quantas vezes já não tentei te adivinhar? Gostaria de poder ouvir até o que não devo e sei que isso soa absurdo, mas entre tantos absurdos, você é o maior deles. Só falta ser (só) meu. Literalmente, em todos os sentidos.
Se você conseguisse me ler, não estaríamos onde estamos agora. Eu gosto de loucuras: estaríamos dentro de um avião destinado à qualquer lugar. Onde é que você quer ir? Não, é melhor não dizer. Eu sou sua e te levo pra onde quiser, fica combinado assim.
Te quero de qualquer jeito, com qualquer sorriso, com qualquer jeito de olhar. Quero te dar uma flor qualquer, a primeira que encontrar. Foge comigo? Vamos em qualquer restaurante, comer qualquer coisa. Eu pago. Vamos dançar essa noite em qualquer boate, tanto faz, não sei. Ando tão indecisa, tão sem saber mais o que fazer...
Quero saber o que você está pensando agora. Qualquer coisa. Me conte um segredo, uma loucura e um sentimento qualquer. Te quero, te quero tanto. De qualquer jeito...



(você é minha única certeza)




‘but when I tried to speak out, felt like no one could hear me...’

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

- I know

Romeo, they don't know I know, but the fact is that I know. And they'll never tell me. They should, but they won't.
As a matter of fact, I shouldn't know, but I do. I simply do. I've seen it with my own eyes and believe me, that was not something polite to do.


I'm not good at pretending, Romeo. I could tell them, but I won't either.
You know what? If I could go back in time, they would never meet.


You may think I'm cruel, but I wouldn't lie to you: that's just how I feel.
I saw everything, but not the whole thing, if you know what I mean. I couldn't go any further.



They'll burn in hell, Romeo.



- Well, what about us?
- Meanwhile, we could raise our hands up to the sky and dance along with the wind.
- Sounds perfect to me.

- runaway, yeah!

'So many feelings, emotions running away with me...'

Dó, Ré, Mi, Fá e, antes do Sol, você já está comigo. De lua, você segura minhas mãos quando ninguém está vendo e eu, controversamente, não te quero amar em segredo. Vou te levar pra qualquer lugar, vamos nos perder por aí: eu em você e você em mim.
Dançaremos no ritmo dos trovões, só espero que não se importe em ficar com cabelo despenteado. Eu vejo beleza em você independente de aparência. Por isso lhe escrevo canções. Canto a madrugada com você, sem te contar que faço isso.
Me conte seu pior segredo.


Do, Ré, Mi, Fá e, antes do Sol, já lhe desvendei.




Vamos nos perder por aí.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

- anyhow

Você me olhou e no mesmo instante não soube como chegaria até você, nem o que eu diria. Acho que não sabia mais quem eu era, nem onde estava. Quando você me abraçou, eu lembrei de tudo, mas não me importava.
- Quando foi que você chegou?
- Eu estava aqui o tempo todo.
- Por que não me chamou antes, então?
- Sabia que você viria de qualquer forma.

Bela peça que o destino nos pregou. Você sabia que eu existia e eu esperava por você, mas quando nos encontramos, havia algo errado. Ao mesmo tempo, tudo certo.
- Como você está?
Você estava triste e com raiva. Acho que meu coração virou pedra: eu não me importava. A ironia disso tudo é que, triste, com raiva, feliz ou sorridente, não importa. Eu fico feliz de qualquer forma quando você simplesmente está.




Light up your candle and watch me burn!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

- te devoro

‘ Te devoraria a qualquer preço... ’
http://www.youtube.com/watch?v=RSltbtS8h6o

Devoraria tua presença como quem devora uma obra de arte sem poder tocar, devoraria cada milissegundo de sorrisos teus, pra mim. Devoraria teus traços, tua alma e teus olhos docilmente insolentes. O prazer em devorar-te está na contradição. Veja! Estrelas cadentes! Mas elas não me parecem estar caindo...

Devoraria cada galanteio, cada gesto, cada reverência. Logo eu, que sou princesa ao contrário, vestida com os jeans mais velhos e rasgados e um moletom surrado. Eu, que não moro em um castelo e esbarro o tempo todo com os móveis. Por que eu, que tudo o que sei fazer é devorar-te?

Olha pra mim, sou uma princesa do nada! Não tenho cavalos, vestidos e muito menos coroas. Sou princesa da contradição: te devoro nos poemas em que não escrevo, nas palavras não ditas e nos sorrisos não dados.

E a contradição, cadê? Na mentira: eu faço isso tudo, sem querer. Sem mover um músculo eu te escrevo, me declaro e te sorrio.

Com os olhos.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

- all of a sudden

I shall write you a letter everyday, Romeo. I don’t know if I have already said that before, but I don’t mind anyways. Tell me, how have you been?
I have been thinking about you all the time, you should know. Have you noticed? I hope so. I absolutely love the way you lift your eyebrows up. Details are always important, as you can see. I am madly in love with your details, Romeo. The way your hair dances along with the wind, the color of your eyes, every little thing about you. You are nothing but breathtaking.
May I tell you a secret? I know you are in love with another person. I can feel it. Don’t try to understand me, I think I am not a understandable kind of people.
Shall we do something crazy? Runaway with me, give up your marriage and marry me. I’m the one, you just don’t know it yet. I can prove it, I would stop the rain if you told me to, or I could ask you to dance with me on the outskirts of town as you may, Romeo.


Even if you don’t know who I am.


Here’s your clue: I’m not Juliet.



(But you should definitely know who I am)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

- direto e reto

'Sou sua, mas não posso ser. Sou seu, mas ninguém pode saber. Amor, eu te proíbo de não me querer...'




Te sinto aqui, agora, nas minhas linhas, me lendo. Se não estiver, que um raio me atinja. Entre uma palavra e outra, há um pedaço seu, uma lembrança de um algo qualquer que você disse e até mesmo do que um dia deixou de dizer.

- I have a confession to make.
- Be careful what you're gonna say.

Será que você não vê? Quero te roubar pra mim, você deixa? Que o crime seja consentido.
Eu seria sua dona. Quero ser, pra poder estar com você o tempo todo, nem que seja só dessa forma, em palavras. Eu te proíbo de sentir minha falta, por isso fico. E ficarei...
Poucas linhas, muitas linhas, qual a diferença? Eu te vejo em todo lugar mesmo. Por isso, hoje, paro por aqui, sem estender. Se eu não te escrever amanhã, o farei depois. Se não o fizer nunca mais é porque deixei de acreditar no impossível. E, agora, é impossível que isso aconteça.

- I love you.
- Well, you shouldn't say such a thing, unless you really mean it, with all your heart.
- Ok, I love you.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

- observando estrelas

She felt betrayed by the truth... - @OliviaDresher


O que é que a gente faz quando não sabe dizer exatamente o que quer dizer? Eu não gosto do não-dito. Acendam uma vela.
Já que estou no escuro, hoje, não importa o 'tudo o que há para se dizer'. Quero falar sobre estrelas, observá-las, ainda que o céu esteja encoberto por nuvens. Eu queria saber qual é a mais brilhante. Isso importa? Importa. Tenho alguns pedidos...
Tenho alguém que quero de volta. Quero voltar e não ter ninguém. Bate, coração. Respira, coração. Quero saber tomar decisões certas.

Quero fugir com você e todo dia adiantar o inevitável. Tic, tac, tic, tac. Stop!



Quem sabe um dia a gente cria juízo...




(e os dias passariam, e eu ainda estaria ali, com você)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

- Valentine's Day

Acho que devo mesmo gostar de contradições. Hoje é dia dos namorados, mas não é. Aqui, no Brasil, não é. E estou comemorando. Por quê? Não sei. Mas não preciso te namorar para te dar um presente, certo?
Isso tudo deveria estar escrito em um cartão vermelho, com alguns corações desenhados e minha letra na parte de dentro. De qualquer jeito, eu gosto de te escrever, ainda que seja de uma forma tão impessoal quanto esta. Dane-se o resto do mundo!

Aliás, vamos inventar um mundo só nosso? Ninguém mais, além de nós, precisa existir. Nesse nosso mundo, eu te olho nos olhos e digo tudo o que não saberia dizer escrevendo. Cartas narradas, sem versos, sem rimas, mas com muita poesia.
Comemoraremos dias de nada, aniversários de ninguém, a chegada de um alguém qualquer. Dia dos namorados, todo dia. Sem segredos.

Tintim!

Champagne e vinho, sem motivo. Cuida de mim? Não me deixa beber tanto, mas brinde comigo. Um brinde a nós, sendo que sequer podemos nos rotular assim. Ou podemos? Hoje sim, ainda que seja muita pretensão da minha parte.
Eu queria que você estivesse aqui, só pra segurar suas mãos. Queria te sentir.




E sinto.



Happy Valentine's Day.
Assim, sem motivo, mas com motivo. Contraditório.



'I just wanna bottle the sun, keep your light a secret I can find when you are gone...'

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

- we can talk about the streetlights...

É tão bom te imaginar aqui. Nós poderíamos conversar sobre qualquer banalidade agora. Poderíamos falar sobre as luzes da rua, os faróis dos carros, sobre a pequena chama da vela que dança com o vento. Enquanto isso, meus olhos encontram os seus e você sorri. Meu coração também.
Aqui, desse lado da janela, eu vejo pessoas apaixonadas, olhos sorrindo e escuto corações partindo. E (te) sinto. Como uma tatuagem, você permanece em mim.



E eu sinceramente acho que você combina comigo. Como uma tatuagem.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

- que se danem os outros 'nós'

Distância deveria ser proibido. Todo tipo de distância deveria ser proibido. Nós estamos aqui, pendurados entre um 'oi, tudo bem?' e um 'pelo amor de Deus, me diga qual é o seu problema'. Não direi, não há problemas. Então não seja um, me dê um beijo de boa noite.
Corre tempo, corre hora, lá se vai. Te quero aos montes! Como quero, tanto quero... e, paradoxalmente, na minha frente, você ri e me diz pra ser direta. Direta? Eu sou muito mais do que isso, onde é que você não (me) entende? Não responda. Não entenda, não quero que o faça. Quero que fique, de qualquer forma, I don't give a damn. Eu gosto de rir com você, que se danem os outros 'nós'.


Sigo um caminho de perguntas sem respostas. Minhas preferidas.








(Eu sempre gostei de desvendar segredos)
Desvende os meus.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

- aqui 'jazz' uma solidão ignorante.

'Há quem decore a vida na ponta da língua, outros rabiscam o próximo passo na ponta do acaso.'

Lembro como se fosse hoje, há 3 anos, em uma aula de Português do 3º colegial, a professora disse: A partir do momento em que um texto é publicado, este deixa de ser exclusivamente do autor. Cada pessoa tem uma interpretação, portanto, o texto passa a ser, também, do próprio leitor.
Por isso, hoje não vou escrever aqui. Principalmente por estar com muito sono e não conseguir pensar, mas também porque esse texto não sai da minha cabeça. Há mais de uma semana. Amanhã, depois ou depois, eu escrevo aqui.

NOSSO ALTAR PARTICULAR

Há quem decore a vida na ponta da língua, outros rabiscam o próximo passo na ponta do acaso
Aqui, nessa estação, onde um outono instrumental inspira a queda das palavras, minha força escorre poemas pelo cedro desse palco, assim como meus pés cravam a fidelidade aos sonhos desses guris atrevidos que aqui brotarão virtuosos, aguerridos com seus estilingues de cordas vocais de nylon e de aço, apedrejando a covardia dos homens secretos a si.
Fábula em partituras da Gata de Botas! Maria e seus Joões cantam o caminho de volta para o íntimo, hasteiam leves uma bandeira toda bordada de mocidade, doces rendas melódicas, ponto a ponto terras descobertas, a cada acorde um ensaio para acordar um moço jeito de existir. Sem a intenção de trocar de mundo, apenas unir quem não coube em sua acidez.
Inventemos aqui, nesse solo fértil, veraneio da arte, palco do palhaço “Rendez-vous”, um baile de amigos em pleno velório do falecido monstro que cobria o horizonte de quem ama o que se pode ser. Aqui jazz uma solidão ignorante. Naufragam agora todas as farsas escritas pelo cão. Dionísio, arauto de tudo que se une fantasticamente, abre alas desse concerto para os desconcertados se banharem. A partir de hoje uma nau de solidão navegará aliviada dos apegos impossíveis, e uma nova geração desvendará a ilha daqueles que sonham antes de dormir.
Notas serão como uma leve pluma, lançadas ao vento com destino certo: afago no espírito, cócegas na alma, mimo na paz, inibir agonias, afrouxar todo o receio de ser devaneador. Na Rua do Acalanto, primeiro peito franco à direita, casa de janelas sempre abertas e dispostas ao novo, jardim de lindas rosas de espinhos prósperos, varanda ao infinito, mansão cor de legítimo coração, em frente ao público dessa nossa solidão. Ali a pena dançará e nenhuma câimbra na felicidade, nem faíscas de isolamento nos fará desistir de estarmos “todos juntos”.

(Caio Sóh)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

- Sacana!

Pra você que revirou minha vida, foi embora e nunca mais voltou.


Sacana!

- To: Romeo

Meu Rô. Romeu,


Eu não sou de escrever cartas com destinatários, pelo menos, não tão explicitamente assim. Mas tenho algo - muito - a dizer. Sempre terei.
Você vivia dizendo que sou cheia de mistérios, e acho que sempre esteve certo. Nem eu me entendo às vezes, não acho necessário. Lembra das perguntas que nunca respondi? Da falta de palavras? Não queria que fosse assim, Romeu.
Você foi verso e eu, o tempo todo, seu inverso: Não totalmente, mas você sabe do que estou falando. Nós mudamos, somos outros, mas sempre seremos nós. Ainda que seja você aí e eu aqui. Me perdoe por nunca ter escrito antes, eu ao menos sabia como começar. Não me fazia sentido começar, eu posso escrever tudo o que sinto numa carta, ou num bilhete. Posso escrever que gosto da bondade dos seus olhos negros, mas não posso descrever o quanto. Eu poderia lhe escrever mais vezes, telefonar pra saber se está tudo bem, mas não posso, Romeu. Sou sua Julieta às avessas. Vê?
Talvez eu esteja arriscando muita coisa agora. Não tenho medo do 'muito a perder', não mais. Por isso lhe digo a verdade. Não sei ir embora e sinceramente espero que isso seja outro 'algo em comum', de tantos, que nós temos. A ferida foi aberta nos dois lados, apesar de tudo, acho que não sei viver sem você. Como é que vou chegar ao fim do dia sem estrelinhas de papel? 'Engraçado, uma vez sonhei com você e parecia real, mas agora que estou aqui, nos seus braços, parece sonho'.
Sou sacana, Romeu. Eu finjo não lembrar e às vezes, até quero não lembrar. Mas lembro, os ventos não erram a direção. Nunca erraram. Não quero te encontrar daqui a dez anos e ser obrigada a lhe perguntar como é que está sua vida, já disse que não sei ir embora. E se você souber, por favor, desaprenda.
Lembra de quando dançamos na sala de estar? Forever and for always. Assim, sem formalidades. Eu de jeans, você de all star. Sei que você não sabe dançar, mas dança comigo pra sempre? 'Não faz sentido correr, a não ser que você corra comigo.'
Me deixa ser sua Julieta às avessas. Não há Romeu sem Julieta e não há Julieta sem Romeu. Mudaremos a história: Eu serei Cinderela e você guardará meu sapatinho de cristal.
Desculpe por ter demorado tanto a lhe escrever e, principalmente, desculpe por tê-lo feito só agora que sei que essas palavras jamais lhe encontrarão. Eu queria que soubesse que gosto muito de você, mas não sei escrever o quanto...

domingo, 30 de janeiro de 2011

- solidão

Eu te amo e você me ama: eis a solidão desafinada e desajeitada de nós. Você em Lá e eu, cá. Haja sintonia! Enquanto você dorme, eu lhe rabisco alguns versos à surdina, esperando receber em troca nada mais do que um sorriso sincero.
Como num conto de fadas, queria lhe despertar com um beijo, mas não sou nenhum príncipe. Sou mulher, sou plebéia e canto pra você. Canto para nós, deliberadamente. Dança comigo? Mesmo assim, de longe. Olharemos a mesma lua e bailaremos ao som perfeitamente ritmado do silêncio. Doze horas depois, acordaremos com a sensação de não saber distinguir sonho e realidade, e por fim eu direi baixinho no pé do ouvido do vento que eu gosto muito de estar com você, mesmo não estando.
Nosso amor quase se afogou no mar da solidão. É muita sorte saber respirar embaixo d'água, não é? Somos sós, mas somos nós. Juntos. Solidão que se vive só é dispensável, solidão que se vive junto é imortal. Que bom que eu encontrei você.












- Is this in my head? I don't know what to think...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

- do lado de cá

Do lado de cá, tudo é música. E poesia.



Queria que o tempo voltasse. Assim, eu não precisaria voltar.



Não consigo escrever agora, mas o farei quando retornar.




Feel the rush of the ocean...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

- Fearless

De repente, lá estava eu, lendo tudo de novo. E não havia dúvida: aquelas palavras eram pra mim.



(Eu não deveria me importar, não devo)




Sorri.



And I don't know why, but with you I'd dance in a storm in my best dress, fearless... -♫

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

- direção oposta

Naquele instante, eu não poderia amá-lo ainda mais. Não daquele jeito, envolvida em seus braços, mesmo que fosse pela provável última vez. Seu avião partiria em meia hora e eu voltaria para casa ao cair da tarde.
Eu queria ter ido embora antes, mas algo me prendia. Os olhos dele, de certa forma, me pediam pra ficar e quando percebi, já tinha ficado por muito tempo. Não saberia deixá-lo. Até hoje não sei.
Era uma noite quente de Janeiro quando ele me contou:
- Arrumei um emprego fora do país, minha vida vai melhorar. Agora, tudo vai ficar bem.
- E eu?
- Espera por mim.
- Espero pelo tempo que for, mesmo que você não volte nunca mais.
Nunca soube realmente como lidar com distâncias, mas não deveria ser tão difícil, afinal, eu gostava dele mais do que tudo.
Agora que estávamos ali, presos no tempo, eu começava a sentir saudade. Queria que ele ficasse, que me desse outro ‘primeiro beijo’, porque cada beijo era único. E eu gostava do jeito que ele movimentava as mãos, da camisa amassada que ele vestia e da forma que os seus cabelos lhe caiam nos olhos. O amor que eu sentia eclipsava a saudade que já estava chegando. De certa forma nós nos perdíamos. Pedi para que ele abrisse as mãos, onde coloquei um bilhete e fechei seus dedos sobre ele:
- Leia quando estiver voando.
Foi aí que ouvi o chamado. Ele estava indo embora.
- Se cuida.
- E quando foi que não me cuidei? A desastrada aqui é você, ande olhando pro chão toda vez que sair de casa, eu não estarei mais do seu lado pra te segurar.
- Se eu cair, certamente vou esperar que você me levante. Seja cavalheiro e volte pra cuidar de mim.
- Gostaria de poder...
Mais um chamado.
- Tenho que ir.
- Boa viagem.
- Obrigada
Ele me beijou, sem muito a dizer, e atravessou a porta. ‘Eu te amo’, pensei. Mas tínhamos combinado não dizer essa frase enquanto ele estivesse longe. Talvez assim fosse mais fácil. O avião decolou.
Em alguns minutos, enquanto estivesse cortando as nuvens, ele abriria o meu bilhete: ‘Enquanto estiver longe, eu estarei com você. Ainda que do lado de cá. ’
Quando o avião se tornou nada menos do que um pontinho preto no céu, eu enxuguei o rosto e saí pela porta de vidro, na direção oposta à dele.





'You love me, but you don't know who I am...'

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

- in summer air...

I close my eyes and the flashback starts...

Foi quase como um lapso, só que um pouco mais duradouro. De repente, lá estava eu, no meio da rua, em uma tarde de domingo, no verão. Um milhão de desejos me invadiam sem parar: cada segundo eu, inconstante, queria algo diferente. Um desejo, em especial, era o maior de todos. Avassalador. Ou algo mais intenso do que isso.
Peguei um giz de cera e escrevi - quase que automáticamente, como se precisasse daquilo - no asfalto o desejo que não se cabia em mim. Desenhei nas paredes também, em cada rua da cidade. Por último, rabisquei-o num papel, fechei em uma garrafa e joguei no mar. Se não vier até mim, que as ondas me levem. Ou vice-versa.

***
Quando acordei, tudo estava normal. As paredes, gastas pelo tempo e o chão cheios de copos plásticos e papéis de bala. Nada escrito. Mas meu desejo continuava gravado em mim, estampado em cada sorriso que eu dava, em cada acorde, em cada palavra...
Teu nome continuava escrito. Em toda parte, em mim.







- 'Romeo, save me, I've been feeling so alone. I love you and that's all I really know...'

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

- oh, I thought the world of you...

Quase três horas e meia ultrapassadas dos limites cinderélicos do horário e ainda me encontro no mesmo lugar, invisível, justamente quando deveria estar visível. Contradições disparam em mim como alarmes ensurdecedores em meio à selvageria que tem sido a vida humana.
E se eu gritar, será que as estrelas me ouvem? Aliás, estrelas podem ouvir? Eu consigo escutá-las. Hoje, elas me contaram que o mundo real precisa de mais fantasia. Não sei se concordo, eu vejo magia em todo lugar. Quer acreditar nas estrelas? A consciência é sua, eu acredito.

Eu quero a história perdida que ficou pra trás, quero o inacabado. Quero não terminar, inventar começos quando sentir o cheiro da sordidez do ponto final.

Tu inventas, ele inventa. Eu faço mais, eis a minha invisibilidade: eu (te) re-invento todos os dias, a cada instante. E sei que você não vê.


Inventar é ilusão? Que seja. Apenas sigo o conselho estelar.
Tudo é melhor quando acontece naturalmente. Pois que seja sórdido, possessivo ou ciumento. Mas seja real...



A única coisa que não sei fazer é inventar mentiras.







'It's just your attitude, it's tearing me apart, it's ruining everything.'
Such a fool...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

- errante...

Às vezes sou tão errada que me torno insuportável. Que tudo seja do meu jeito ou não seja!




Solto as mãos do destino, carrego comigo alguns segredos que não revelarei. Ao menos, não o farei antes de ter qualquer certeza.



Não, não diga nada.
Se for pra ser dito, que seja assim, em poucas palavras...












Gimme something to believe in...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

- beijo sua boca e te falo bobagens...

Anjos e demônios me acompanham agora. Escrevo com garras, unhas e dentes. E com o elemento essencial, que mesmo ausente insiste em se fazer presente: meu coração.
Você provoca meus extremos. Eu te odeio quando não está aqui, e te quero quando te tenho. Quero que você seja redundante, para que se repita em mim todos os dias incansavelmente, sem parar.

Me diga o que é que tem nos seus olhos e porque eles me fascinam tanto. Você me ensinou a voar, sabia? Vem comigo, prometo não soltar suas mãos.

Nos dias em que o tédio reinar, quero o que há de melhor em você. Nos outros dias, quero o seu pior. Quero os personagens ciumentos, possessivos e sem medo de perigo que ao menos sei se existem. Será que você sabe que eu existo?


Saia da fotografia, de uma vez por todas. Me diz que você é real.
Por ora, do lado de cá, a única afirmação que tenho a fazer é que eu gosto muito de estar com você, apesar das distâncias físicas e emocionais.



Esteja comigo e eu estarei com você.






"A felicidade depende basicamente de duas coisas: sorte e escolhas bem feitas."
(Martha Medeiros)


E eu agradeço pelas escolhas bem feitas.
Sorte? O vento traz.