segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

- I know

Romeo, they don't know I know, but the fact is that I know. And they'll never tell me. They should, but they won't.
As a matter of fact, I shouldn't know, but I do. I simply do. I've seen it with my own eyes and believe me, that was not something polite to do.


I'm not good at pretending, Romeo. I could tell them, but I won't either.
You know what? If I could go back in time, they would never meet.


You may think I'm cruel, but I wouldn't lie to you: that's just how I feel.
I saw everything, but not the whole thing, if you know what I mean. I couldn't go any further.



They'll burn in hell, Romeo.



- Well, what about us?
- Meanwhile, we could raise our hands up to the sky and dance along with the wind.
- Sounds perfect to me.

- runaway, yeah!

'So many feelings, emotions running away with me...'

Dó, Ré, Mi, Fá e, antes do Sol, você já está comigo. De lua, você segura minhas mãos quando ninguém está vendo e eu, controversamente, não te quero amar em segredo. Vou te levar pra qualquer lugar, vamos nos perder por aí: eu em você e você em mim.
Dançaremos no ritmo dos trovões, só espero que não se importe em ficar com cabelo despenteado. Eu vejo beleza em você independente de aparência. Por isso lhe escrevo canções. Canto a madrugada com você, sem te contar que faço isso.
Me conte seu pior segredo.


Do, Ré, Mi, Fá e, antes do Sol, já lhe desvendei.




Vamos nos perder por aí.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

- anyhow

Você me olhou e no mesmo instante não soube como chegaria até você, nem o que eu diria. Acho que não sabia mais quem eu era, nem onde estava. Quando você me abraçou, eu lembrei de tudo, mas não me importava.
- Quando foi que você chegou?
- Eu estava aqui o tempo todo.
- Por que não me chamou antes, então?
- Sabia que você viria de qualquer forma.

Bela peça que o destino nos pregou. Você sabia que eu existia e eu esperava por você, mas quando nos encontramos, havia algo errado. Ao mesmo tempo, tudo certo.
- Como você está?
Você estava triste e com raiva. Acho que meu coração virou pedra: eu não me importava. A ironia disso tudo é que, triste, com raiva, feliz ou sorridente, não importa. Eu fico feliz de qualquer forma quando você simplesmente está.




Light up your candle and watch me burn!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

- te devoro

‘ Te devoraria a qualquer preço... ’
http://www.youtube.com/watch?v=RSltbtS8h6o

Devoraria tua presença como quem devora uma obra de arte sem poder tocar, devoraria cada milissegundo de sorrisos teus, pra mim. Devoraria teus traços, tua alma e teus olhos docilmente insolentes. O prazer em devorar-te está na contradição. Veja! Estrelas cadentes! Mas elas não me parecem estar caindo...

Devoraria cada galanteio, cada gesto, cada reverência. Logo eu, que sou princesa ao contrário, vestida com os jeans mais velhos e rasgados e um moletom surrado. Eu, que não moro em um castelo e esbarro o tempo todo com os móveis. Por que eu, que tudo o que sei fazer é devorar-te?

Olha pra mim, sou uma princesa do nada! Não tenho cavalos, vestidos e muito menos coroas. Sou princesa da contradição: te devoro nos poemas em que não escrevo, nas palavras não ditas e nos sorrisos não dados.

E a contradição, cadê? Na mentira: eu faço isso tudo, sem querer. Sem mover um músculo eu te escrevo, me declaro e te sorrio.

Com os olhos.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

- all of a sudden

I shall write you a letter everyday, Romeo. I don’t know if I have already said that before, but I don’t mind anyways. Tell me, how have you been?
I have been thinking about you all the time, you should know. Have you noticed? I hope so. I absolutely love the way you lift your eyebrows up. Details are always important, as you can see. I am madly in love with your details, Romeo. The way your hair dances along with the wind, the color of your eyes, every little thing about you. You are nothing but breathtaking.
May I tell you a secret? I know you are in love with another person. I can feel it. Don’t try to understand me, I think I am not a understandable kind of people.
Shall we do something crazy? Runaway with me, give up your marriage and marry me. I’m the one, you just don’t know it yet. I can prove it, I would stop the rain if you told me to, or I could ask you to dance with me on the outskirts of town as you may, Romeo.


Even if you don’t know who I am.


Here’s your clue: I’m not Juliet.



(But you should definitely know who I am)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

- direto e reto

'Sou sua, mas não posso ser. Sou seu, mas ninguém pode saber. Amor, eu te proíbo de não me querer...'




Te sinto aqui, agora, nas minhas linhas, me lendo. Se não estiver, que um raio me atinja. Entre uma palavra e outra, há um pedaço seu, uma lembrança de um algo qualquer que você disse e até mesmo do que um dia deixou de dizer.

- I have a confession to make.
- Be careful what you're gonna say.

Será que você não vê? Quero te roubar pra mim, você deixa? Que o crime seja consentido.
Eu seria sua dona. Quero ser, pra poder estar com você o tempo todo, nem que seja só dessa forma, em palavras. Eu te proíbo de sentir minha falta, por isso fico. E ficarei...
Poucas linhas, muitas linhas, qual a diferença? Eu te vejo em todo lugar mesmo. Por isso, hoje, paro por aqui, sem estender. Se eu não te escrever amanhã, o farei depois. Se não o fizer nunca mais é porque deixei de acreditar no impossível. E, agora, é impossível que isso aconteça.

- I love you.
- Well, you shouldn't say such a thing, unless you really mean it, with all your heart.
- Ok, I love you.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

- observando estrelas

She felt betrayed by the truth... - @OliviaDresher


O que é que a gente faz quando não sabe dizer exatamente o que quer dizer? Eu não gosto do não-dito. Acendam uma vela.
Já que estou no escuro, hoje, não importa o 'tudo o que há para se dizer'. Quero falar sobre estrelas, observá-las, ainda que o céu esteja encoberto por nuvens. Eu queria saber qual é a mais brilhante. Isso importa? Importa. Tenho alguns pedidos...
Tenho alguém que quero de volta. Quero voltar e não ter ninguém. Bate, coração. Respira, coração. Quero saber tomar decisões certas.

Quero fugir com você e todo dia adiantar o inevitável. Tic, tac, tic, tac. Stop!



Quem sabe um dia a gente cria juízo...




(e os dias passariam, e eu ainda estaria ali, com você)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

- Valentine's Day

Acho que devo mesmo gostar de contradições. Hoje é dia dos namorados, mas não é. Aqui, no Brasil, não é. E estou comemorando. Por quê? Não sei. Mas não preciso te namorar para te dar um presente, certo?
Isso tudo deveria estar escrito em um cartão vermelho, com alguns corações desenhados e minha letra na parte de dentro. De qualquer jeito, eu gosto de te escrever, ainda que seja de uma forma tão impessoal quanto esta. Dane-se o resto do mundo!

Aliás, vamos inventar um mundo só nosso? Ninguém mais, além de nós, precisa existir. Nesse nosso mundo, eu te olho nos olhos e digo tudo o que não saberia dizer escrevendo. Cartas narradas, sem versos, sem rimas, mas com muita poesia.
Comemoraremos dias de nada, aniversários de ninguém, a chegada de um alguém qualquer. Dia dos namorados, todo dia. Sem segredos.

Tintim!

Champagne e vinho, sem motivo. Cuida de mim? Não me deixa beber tanto, mas brinde comigo. Um brinde a nós, sendo que sequer podemos nos rotular assim. Ou podemos? Hoje sim, ainda que seja muita pretensão da minha parte.
Eu queria que você estivesse aqui, só pra segurar suas mãos. Queria te sentir.




E sinto.



Happy Valentine's Day.
Assim, sem motivo, mas com motivo. Contraditório.



'I just wanna bottle the sun, keep your light a secret I can find when you are gone...'

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

- we can talk about the streetlights...

É tão bom te imaginar aqui. Nós poderíamos conversar sobre qualquer banalidade agora. Poderíamos falar sobre as luzes da rua, os faróis dos carros, sobre a pequena chama da vela que dança com o vento. Enquanto isso, meus olhos encontram os seus e você sorri. Meu coração também.
Aqui, desse lado da janela, eu vejo pessoas apaixonadas, olhos sorrindo e escuto corações partindo. E (te) sinto. Como uma tatuagem, você permanece em mim.



E eu sinceramente acho que você combina comigo. Como uma tatuagem.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

- que se danem os outros 'nós'

Distância deveria ser proibido. Todo tipo de distância deveria ser proibido. Nós estamos aqui, pendurados entre um 'oi, tudo bem?' e um 'pelo amor de Deus, me diga qual é o seu problema'. Não direi, não há problemas. Então não seja um, me dê um beijo de boa noite.
Corre tempo, corre hora, lá se vai. Te quero aos montes! Como quero, tanto quero... e, paradoxalmente, na minha frente, você ri e me diz pra ser direta. Direta? Eu sou muito mais do que isso, onde é que você não (me) entende? Não responda. Não entenda, não quero que o faça. Quero que fique, de qualquer forma, I don't give a damn. Eu gosto de rir com você, que se danem os outros 'nós'.


Sigo um caminho de perguntas sem respostas. Minhas preferidas.








(Eu sempre gostei de desvendar segredos)
Desvende os meus.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

- aqui 'jazz' uma solidão ignorante.

'Há quem decore a vida na ponta da língua, outros rabiscam o próximo passo na ponta do acaso.'

Lembro como se fosse hoje, há 3 anos, em uma aula de Português do 3º colegial, a professora disse: A partir do momento em que um texto é publicado, este deixa de ser exclusivamente do autor. Cada pessoa tem uma interpretação, portanto, o texto passa a ser, também, do próprio leitor.
Por isso, hoje não vou escrever aqui. Principalmente por estar com muito sono e não conseguir pensar, mas também porque esse texto não sai da minha cabeça. Há mais de uma semana. Amanhã, depois ou depois, eu escrevo aqui.

NOSSO ALTAR PARTICULAR

Há quem decore a vida na ponta da língua, outros rabiscam o próximo passo na ponta do acaso
Aqui, nessa estação, onde um outono instrumental inspira a queda das palavras, minha força escorre poemas pelo cedro desse palco, assim como meus pés cravam a fidelidade aos sonhos desses guris atrevidos que aqui brotarão virtuosos, aguerridos com seus estilingues de cordas vocais de nylon e de aço, apedrejando a covardia dos homens secretos a si.
Fábula em partituras da Gata de Botas! Maria e seus Joões cantam o caminho de volta para o íntimo, hasteiam leves uma bandeira toda bordada de mocidade, doces rendas melódicas, ponto a ponto terras descobertas, a cada acorde um ensaio para acordar um moço jeito de existir. Sem a intenção de trocar de mundo, apenas unir quem não coube em sua acidez.
Inventemos aqui, nesse solo fértil, veraneio da arte, palco do palhaço “Rendez-vous”, um baile de amigos em pleno velório do falecido monstro que cobria o horizonte de quem ama o que se pode ser. Aqui jazz uma solidão ignorante. Naufragam agora todas as farsas escritas pelo cão. Dionísio, arauto de tudo que se une fantasticamente, abre alas desse concerto para os desconcertados se banharem. A partir de hoje uma nau de solidão navegará aliviada dos apegos impossíveis, e uma nova geração desvendará a ilha daqueles que sonham antes de dormir.
Notas serão como uma leve pluma, lançadas ao vento com destino certo: afago no espírito, cócegas na alma, mimo na paz, inibir agonias, afrouxar todo o receio de ser devaneador. Na Rua do Acalanto, primeiro peito franco à direita, casa de janelas sempre abertas e dispostas ao novo, jardim de lindas rosas de espinhos prósperos, varanda ao infinito, mansão cor de legítimo coração, em frente ao público dessa nossa solidão. Ali a pena dançará e nenhuma câimbra na felicidade, nem faíscas de isolamento nos fará desistir de estarmos “todos juntos”.

(Caio Sóh)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

- Sacana!

Pra você que revirou minha vida, foi embora e nunca mais voltou.


Sacana!

- To: Romeo

Meu Rô. Romeu,


Eu não sou de escrever cartas com destinatários, pelo menos, não tão explicitamente assim. Mas tenho algo - muito - a dizer. Sempre terei.
Você vivia dizendo que sou cheia de mistérios, e acho que sempre esteve certo. Nem eu me entendo às vezes, não acho necessário. Lembra das perguntas que nunca respondi? Da falta de palavras? Não queria que fosse assim, Romeu.
Você foi verso e eu, o tempo todo, seu inverso: Não totalmente, mas você sabe do que estou falando. Nós mudamos, somos outros, mas sempre seremos nós. Ainda que seja você aí e eu aqui. Me perdoe por nunca ter escrito antes, eu ao menos sabia como começar. Não me fazia sentido começar, eu posso escrever tudo o que sinto numa carta, ou num bilhete. Posso escrever que gosto da bondade dos seus olhos negros, mas não posso descrever o quanto. Eu poderia lhe escrever mais vezes, telefonar pra saber se está tudo bem, mas não posso, Romeu. Sou sua Julieta às avessas. Vê?
Talvez eu esteja arriscando muita coisa agora. Não tenho medo do 'muito a perder', não mais. Por isso lhe digo a verdade. Não sei ir embora e sinceramente espero que isso seja outro 'algo em comum', de tantos, que nós temos. A ferida foi aberta nos dois lados, apesar de tudo, acho que não sei viver sem você. Como é que vou chegar ao fim do dia sem estrelinhas de papel? 'Engraçado, uma vez sonhei com você e parecia real, mas agora que estou aqui, nos seus braços, parece sonho'.
Sou sacana, Romeu. Eu finjo não lembrar e às vezes, até quero não lembrar. Mas lembro, os ventos não erram a direção. Nunca erraram. Não quero te encontrar daqui a dez anos e ser obrigada a lhe perguntar como é que está sua vida, já disse que não sei ir embora. E se você souber, por favor, desaprenda.
Lembra de quando dançamos na sala de estar? Forever and for always. Assim, sem formalidades. Eu de jeans, você de all star. Sei que você não sabe dançar, mas dança comigo pra sempre? 'Não faz sentido correr, a não ser que você corra comigo.'
Me deixa ser sua Julieta às avessas. Não há Romeu sem Julieta e não há Julieta sem Romeu. Mudaremos a história: Eu serei Cinderela e você guardará meu sapatinho de cristal.
Desculpe por ter demorado tanto a lhe escrever e, principalmente, desculpe por tê-lo feito só agora que sei que essas palavras jamais lhe encontrarão. Eu queria que soubesse que gosto muito de você, mas não sei escrever o quanto...