sábado, 21 de maio de 2011

- airplanes

Talvez essa seja uma boa forma de ter uma visão mais distante e mais ampla sobre tudo: voar. Eu sempre gostei muito de observar aviões, e de ouvi-los. Até mesmo aqueles de brinquedo, que não conseguem subir mais do que um metro. Gosto das luzinhas, do fato de cortar o vento, do ato de tentar imitar uma estrela cadente motorizada, que não apaga.
Quantos estão voando nesse momento? Quem está tomando uísque na primeira classe? Aeromoça, por favor, ajude aquela senhorinha que está com medo de voar. Tudo vai ficar bem. Diga para ela olhar pela janela, quem sabe ela não consegue captar esses pensamentos que ultimamente estão tão altos que até os pássaros têm escutado? Eu imagino que nessa viagem ela tenha deixado alguém pra trás, como eu mesma já fiz algumas vezes. E radical que sou, incapaz de uma viagem insegura, pulei de pára-quedas sem olhar pra trás. Aeromoça, diga que sei o que ela está sentindo. Ou simplesmente consigo imaginar. Diga que o chão me parece muito mais seguro agora...
Durante a caminhada pisei em um prego e furei o pé. Tudo bem, feridas externas cicatrizam num piscar de olhos. Aeromoça, caso o avião caia, há chances de sobrevivência? Se eu estiver no chão e ele cair na minha cabeça, vai fazer alguma diferença o lugar que estou? Foi observando aviões que percebi o perigo.
Foi observando aviões que descobri minha sede por perigo, que minha coragem ficou lá em cima durante a última viagem e eu caí de cara no chão. Foi observando aviões que a pergunta me atingiu em cheio enquanto segurávamos as mãos e sem pensar, respondi toda a verdade.
- Você gostaria de estar voando nesse momento?
- Já estou, meu amor. Eu já estou.




E foi aí que fiz a coisa mais clichê do mundo: voei sem tirar os pés do chão.






-Can we pretend that airplanes in the night sky are like shooting stars? I could really use a wish right now...

terça-feira, 10 de maio de 2011

- QUE DÓ!



O título fala pelo post todo.

Minha bebêzinha de quase 15 anos tomando vitamina :)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

- Breakeven: sword and shield

Players only love you when they're playing...



Escrevo como quem responde a algo não dito e entendido. Escrevo com mãos frias e coração quente, ou será ao contrário? Como se me importasse saber... O fato é que escrevo.
A semana custou a passar, parece que levou um mês. Há quanto tempo estamos parados aqui, aliás? Tudo em câmera lenta, em preto e branco. Que filme é esse? Perguntas não me faltam.
Queria que você me dissesse tudo o que tem a dizer, sem medo. Já provei do seu veneno, nada mais pode me matar. Sou invencível, lembra? De ferro. E queria conseguir dizer o que sinto, queria saber o que sinto. Meu veneno é doce, disfarçado de sorriso: Eu firo nas entrelinhas. Você... ah, você me fere sem saber. Na falta de importância, quando diz que algo meu não lhe diz respeito. Achei que eu fosse sua, mas isso não me diz respeito.
Você tem uma espada em mãos e do lado de cá já não há escudo, estou nua e o frio me corta,justamente quando você deveria ser escudo e eu espada. Você me protege e eu corto quem tentar chegar perto de você.
Mas a espada é sua, me cortou o dedo. E é com sangue que eu escrevo. Sangue? Não, escrevo com mãos frias, mil palavras sem sentido. Mil palavras? Não, escrevo com um coração quente, mil pedaços.






'cause I'm falling to pieces...