segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

- Martha Medeiros

- "Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando a pé pra casa, avariada."
(Martha Medeiros)

Martha, eu não costumo revelar segredos, mas hoje abrirei uma exceção: você foi uma das melhores companhias que tive durante o ano. Eu sei que parece loucura, mas é sério. Suas palavras sempre funcionaram como um furacão contra mim. Como é que você me conhece tanto?
Só você me faz ter a certeza de que os corações podem ser curados e eu havia deixado de acreditar nisso - momento de extrema fraqueza, confesso. Mas a verdade é que eu também bati a 200 km por hora. Volto a pé pra casa e levo uma fogueira nas mãos, quero incendiar a cidade: "O mundo ja caiu, baby. Só nos resta dançar sobre os destroços". É o que venho fazendo, Martha... sigo a minha música, danço noites inteiras sem parar.
Lembra quando você respondeu meu e-mail? Você disse que tinha gostado de um texto meu. Obrigada por isso. Vibrei do lado de cá.

Você acredita em palavras levadas pelo vento? Eu acredito e espero que estas cheguem até você.
Hoje a intenção era escrever uma carta sem destinatários. Mudei de idéia no último minuto, resolvi fazer um post especial, uma espécie de presente de final de ano, que ao menos sei se chegará.
Levarei suas palavras comigo onde quer que eu vá.

'Por não ser ao vivo, perde o caráter afetivo?' - Claro que não.
Com todo meu carinho.



Eloá.

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